terça-feira, 25 de setembro de 2012


Tumblr_m9qcritxza1qf3gy5o1_500_large

Pareciam férias, ela pensava. O pai havia morrido e ela parecia estar a base de morfina, sedada. Tudo era bom, e não passava disso, nem ótimo e nem ruim, estático. Parado.
Tinha algumas ideias do que era a vida e sabia alguma coisa sobre espiritismo, mas nunca se vira numa situação assim. A vida lhe tinha dado uma baita surpresa e ela ainda não tinha decidido se era boa ou ruim.
No início havia sido fácil, mais como um "feriadão". E agora, bom, agora ela estava em férias prolongadas, ou melhor, parada no meio delas. Estava com saudades. Aliás, essa palavra a machucava muito ultimamente, e parecia que todo mundo queria falá-la. E a cada 'saudade' falada era uma facada em seu peito, dedo na ferida.
Tudo ela queria deixar de fazer, tudo queria evitar. Mas às vezes tinha seus pontos altos no humor e gostava de fazer algo diferente para se distrair, mas era raro. Claro que não deixava transparecer, não queria os outros importantes da vida dela (que estavam sofrendo tanto quanto) vissem, em vez de ajudar pioraria.
Ela não sabe o que fazer, e nem eu.
Às vezes, parece, só parece, que ele vai voltar de viagem.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

E eu continuo aqui a esperar, tendo expectativas e ilusões. Tendo amor, compreensão.
A vida passa, mesmo com você longe, mesmo com esperança de que isso é um pesadelo.
A vida passa mesmo com você aí e eu aqui, o mundo lá fora não sabe e fica calado. Eu ouço só o barulho da ondas mas eu queria você do meu lado.
Quem sabe um dia? Em outro mundo, outra era, outra história. Eu só não podia chorar, não mais.